Em uma entrevista exclusiva, ela nos conta sobre sua conexão com a cultura ballroom, seus futuros projetos e relatos sobre sua jornada na cena underground brasileira.
Entrevista por Raphael Lobato // @realifeisnocool
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Clementaum para Vetor Magazine por @6math66
R: Descreve pra gente a sua relação com a cultura Ballroom. Como a Princess of the Kiki chegou na sua vida?
C: A minha relação com a Cultura ballroom começou primeiro com a música. Nos meus sets, eu sempre amava pesquisar e tocar Voguebeat.
Mais pra frente, conheci meu pai e meu irmão Harpya - Kisha e Silvester - duas pessoas que me influenciaram muito a adentrar a cultura, já que os dois faziam parte da cena e também trabalhavam com dança. A partir de 2018 começaram “experimentos de balls” em Curitiba, e eu comecei ser DJ desses experimentos. E em 2020 tivemos a primeira ball organizada por uma casa em Curitiba: a Harpya. Então recebi o convite para entrar na House pela seqsimama Harpya, e em 2022 fui nomeada princesa da casa considerando meus feitos para com a casa e comunidade local.
R: O que você pode nos adiantar sobre seus próximos projetos? Single? Álbum? Vem aí?
C: Estou trabalhando em alguns singles, feats para sair de compilações. Por enquanto apenas coisas mais clubmusic, e tem remixes para artistas que admiro vindo aí. O álbum ainda é algo a se pensar para frente, gosto de testar as coisas antes de encabeçar um projeto maior.
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R: O que tem sido Iquinic para você atualmente?
C: Tantas coisas! no momento poder me manter com o que eu amo, estar tendo uma vida financeira mais tranquila como nunca tive na vida, poder investir em mim e em coisas para melhorar meu trabalho.
"Também o fato de poder conhecer tantas pessoas incríveis nessas jornadas da minha vida, sou muito grata. Estou viajando pelo Brasil e em breve quero conhecer o mundo. Não custa sonhar alto, né?"
R: Você é conhecida não só pelo seu trabalho na música eletrônica, mas também pela sua estética. Como você conecta moda e música no seu trabalho?
C: Desde criança eu sempre fui apaixonada por arte. Sempre gostei de música, de ouvir rádio, assistir canais musicais e videoclipes, imitar a Beyoncé e Britney na frente da TV.
Quando era pré-adolescente, eu tentava imitar os looks da Raven Simone de "As Visões da Raven", eu amava ela. E também no intervalo do colégio, eu era a pessoa que comandava a música dos auto-falantes. Tinha um Nokia 5200, conectava cabo P2 nele e tentava separar hiphop/r&b, funk e rock para que todos gostassem.
No ensino médio ganhei uma bolsa de estudos para estudar em um colégio que tinha cursos técnicos, e um desses cursos era o de estilismo. Eu fiz esse curso juntamente com os dois últimos anos do colégio e comecei a sair a noite com minhas amigas, as festinhas e sarais, e logo descobri meu amor por festas, e o amor de me arrumar para sair na noite #MONTAÇAUM.
Entrei na faculdade de moda após terminar o ensino médio, já entrando na fase pré-adulta também comecei a ir para as baladas legalmente, era um mundo incrível, ir para as festas ouvir as músicas que eu amava, principalmente M.I.A., Karol Conka, Azealia Banks, o ano era 2013 e eu queria morar no V.U. e no James Bar em Curitiba.
2015 foi o ano que eu me conectei mais ao circuito de musica eletrônica, minha festa favorita da cidade se chamava INVDRS, nesse mesmo ano fui convidada para ser Hostess dessa festa pelo Swinga, e ao longo das edições fui conhecendo pessoalmente muita gente incrível que sou fã como Sydney Sousa, Badsista, Milian Dollla, Carlos do Complexo, Kenya20hz, Ruxell, e +++ pessoas <3 Olha, conectando tudo isso, acho que a conclusão é: AMO MODA, AMO FESTA E AMO MÚSICA!
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R: Gostaríamos que comentasse um pouco sobre o circuito colaborativo entre djs e produtores locais. A sua pesquisa, por exemplo, sempre inclui nomes diversos de criativos brasileiros
C: Eu amo tocar música de amigues, do Brasil e também do mundo, principalmente da América Latina. A internet e o soundcloud são poderosíssimos, são incríveis as conexões que fazemos. Fui para Buenos Aires esse ano e conheci pessoalmente pessoas que já acompanhava pelo soundcloud, e isso também sempre acontece pelo Brasil. Amo essas conexões.
R: Como é o Front da Pra Fritar e Rebolar Tour?
C: Pra fritar e rebolar, mesmo! Quero sempre passar essa coisa do poder da música eletrônica e da dança estarem envolvidos, e tem a ver com que está no nosso corpo e na nossa mente.