Texto por Guilherme Higashizima e Matheus Lima
Fotografia por Matheus Lima
O Whole Festival 2024 ultrapassou o típico encontro de música e arte; foi uma celebração da identidade queer, onde a autoexpressão floresceu de diversas formas. A moda emergiu como um poderoso meio, permitindo que os participantes explorassem e afirmassem sua individualidade. Muitos usaram a moda como uma ferramenta para desafiar normas sociais, exibindo estilos que borravam as fronteiras de gênero. O festival estava repleto de diferentes estéticas e expressões fluidas, com a moda servindo como um mecanismo para desafiar as expectativas convencionais frequentemente projetadas sobre corpos queer.
As roupas no festival não apenas expressavam estéticas pessoais e estilo, mas também carregavam uma rica herança cultural. Era possível ver na multidão pessoas de diferentes nacionalidades usando suas vestimentas tradicionais com diversas influências queer. Além disso, muitos looks upcycled, com frases estampadas e designs divertidos dentro de opções genderless, refletindo a identidade e a diversidade, especialmente dentro da comunidade latina.
Na praia, o lago promovia um senso mais prevalente de nudez, especialmente durante o dia. Essa abertura tornou-se uma poderosa forma de expressão e liberdade. Ali, estar nu representava libertação em vez de exposição — uma aceitação do próprio corpo livre de julgamentos sociais. Nesta utopia queer, a nudez tornou-se uma declaração profunda de positividade corporal e autodeterminação, celebrando os corpos em vez de controlá-los.
É importante lembrar como a vida noturna e a club culture têm sido essenciais para cultivar esse senso de pertencimento para muitos de nós. Há algo eletrizante em entrar em uma multidão de desconhecidos, onde a música pulsa através dos corpos e as luzes dançam pelo ambiente, lançando um espectro de cores por toda parte.
And it's also special to share these moments with people we may never meet again. It’s a brief intimacy that feels profound—each connection is a reminder that we are part of something larger. As we dance, sweat, and lose ourselves in the music, we create an unspoken bond that lingers long after the night is over. It’s a feeling of safety, of acceptance, that we can’t always find elsewhere.
Também é especial compartilhar esses momentos com pessoas que talvez nunca encontremos novamente. É uma breve intimidade que parece profunda — cada conexão é um lembrete de que fazemos parte de algo maior. Enquanto dançamos, suamos e nos perdemos na música, criamos um laço silencioso que perdura muito além do fim da noite. É uma sensação de segurança, de aceitação, que nem sempre encontramos em outros lugares.
Além de sua boa música, workshops, instalações artísticas e performances, o Whole Festival criou um santuário para indivíduos queer. O festival é intencionalmente projetado para ser inclusivo, priorizando a segurança e o respeito mútuo, permitindo que os participantes se expressem livremente, sendo esse lugar raro onde pessoas queer podem existir de forma autêntica, independentemente de como escolhem expressar suas identidades.
O festival destacou a beleza que surge quando nos unimos para celebrar nossas diferenças. Liberou o espírito de liberdade, nos convidando a abraçar quem somos em todas as nossas singularidades. Ao deixarmos o festival, levamos conosco não apenas memórias, mas um renovado senso de propósito — a compreensão de que nossas vozes coletivas podem abrir caminho para um mundo onde somos celebrados e cada indivíduo possa brilhar.
No final, foi um belo lembrete do que significa fazer parte de algo maior do que nós mesmos.
